sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Quando tudo anda para trás

Foi assim a minha semana.

No sábado depois de grade desespero resolvi-me a dizer ao meu marido que estava triste. Vai na volta e deu em discussão, e das grandes... Depois lá nos passou, vários erros de ambas a partes... Enfim...
Domingo foi dia de trabalho e não foi das melhores apresentações.

Segunda vieram os homens ver o que se passava com o forno (termostato avariado). Deixaram improvisado.

Terça de manhã vou trabalhar e deparei mais uma vez com uma tremenda falta de organização da parte administrativa. Esqueceram-se de me avisar para ir trabalhar na sexta anterior e como tal não fui e para cumulo esqueceram-se de avisar que a festa tinha sido trocada de sábado para domingo. E eu estupida não fui capaz de dizer que não podia. Agora trabalho 15 dias sem descanso (BURRA).

Quarta de manhã fui às compras (queria descobrir todo o supermercado com calma) mas ainda não tinha chegado e já tinha o tempo contado para estar de volta a casa para virem arranjar o forno. Desta vez colocaram o termostato mas a ventoinha ficou a trabalhar sem parar. Tiveram de voltar na quinta.

Quinta voltei a ver uma rapariga do colégio onde trabalho e tive o meu momento em que literalmente senti cair-me tudo por terra. Passo a explicar. Como ela está em casa e ia ter uma menina no final do Verão. Pergunta lógica assim que a vi foi: "Então e a menina?" ao qual ela responde "Não há menina." E eu estúpida na minha inocência "Não há menina!?!" Pensei olha o médico enganou-se e é menino. Ao mesmo tempo ela reponde "A menina morreu!"...
"Ai meu deus"... As lágrimas vieram-me aos olhos. Senti-me tão pequenina e insignificante. Não me lembro bem do resto da nossa conversa... Só sei que dei-lhe um beijo... Mais tarde vim a saber que a bébé enrrolou-se no cordão umbilical e acabou por morrer na barriga mesmo no final da gravidez. Para ajudar trata-se de uma rapariga com mais de 35 anos que demorou a conseguir engravidar e foi a sua primeira filha. Esta não foi uma história com final feliz... Como todas aquelas que ela conta aos seus meninos.

Hoje sexta feira ponho o forno a trabalhar e qual não é o meu espanto quando verifico de a ventoinha que não parava de trabalhar agora não liga... Ou seja: o forno ainda não está arranjado. Claro está com isto tudo e mais o resto a casa está um pandemónio e é neste momento uma representação fiel ao que se está a passar dentro da minha cabeça. Só não sei o que devo por em ordem primeiro se a casa se a minha cabeça. Mas acho que vou começar pela casa sempre é mais fácil...

Para terminar a semana em grande amanhã ou depois vem-me o periodo e ai vai-me desmoronar tudo em cima outra vez.

Mas amanhã espero que seja um dia bom...